terça-feira, 14 de junho de 2011

LSD Efeito adverso

Sob determinadas condições e em doses tóxicas, muitas substâncias, entre elas, os opiáceos, a cocaína, as anfetaminas e os corticosteróides, podem induzir a ilu­sões, alucinações, paranóias e outras alterações do humor e do pensamento, não havendo um limite nítido que separe estas classes de substâncias de outras com atividade central. No entanto, inúmeras outras substâncias, tais como o LSD, a mesca-lina, a fenciclidina, a dimetiltriptamina e a psilocibina, produzem distorções da per­cepção ou do pensamento como efeito primário, até mesmo em baixas doses.Sendo assim, os alucinógenos englobam várias classes químicas e diferentes mecanismos de ação, tendo a Dietilamida do Ácido Lisérgico (LSD), a mais potente droga alucinógena, recebido a terminologia de alucinógeno ou psicodélico protó­tipo, apesar de esta não ser a maneira mais adequada de descrever os seus efeitos farmacológicos.As principais ações farmacológicas do LSD incluem alterações de consciência, humor e percepção. Outros efeitos farmacológicos incluem midríase, hipertensão arterial, taquicardia, hiperreflexia, tremor, fraqueza muscular, aumento da tempera­tura, sonolência, lipotimias, náuseas e parestesias.Os efeitos apresentados pelo uso do LSD são diretamente proporcionais à dose usada. Pequenas doses orais produzem efeitos somáticos dentro de poucos minu­tos. Duas ou três horas após a administração, observam-se alucinações visuais, alte­rações perceptivas e distúrbios afetivos.As características alucinatórias são descritas principalmente por temor de desin­tegração do ego, visto ocorrer a sensação de que uma parte do ego se comporta como um observador passivo, enquanto a outra parte participa e recebe as experiên­cias sensoriais intensas e extraordinárias; pela transformação em efeitos ópticos de percepções acústicas, cada som evocando uma alucinação colorida correspondente, que muda constantemente de forma e cor-, pela atenção interiorizada, podendo a mais leve sensação assumir uma significação profunda; e por diminuição da capaci­dade para distinguir os limites entre um objeto e outro e entre o ego e o mundo exte­rior.Outros efeitos incluem a alteração do tempo subjetivo com a sensação de que as horas passam com extrema lentidão; a labilidade do humor, variando do estado depressivo ao eufórico, da autoconfiança para o medo; e o aumento da tensão e da ansiedade, podendo alcançar proporções de pânico.Após quatro a cinco horas, se não ocorrer o episódio do pânico, pode haver uma sensação de desprendimento e convicção de que se está magicamente sob controle.As reaçòes agudas como pânico ou psicose, descritas como "viagem ruim", cons­tituem o efeito adverso mais comum. Com o uso do LSD elas variam em intensidade e ocasionalmente levam ao suicídio ou a auto-agressões.A síndrome começa a melhorar após dez a doze horas, mas fadiga e tensão podem persistir por mais vinte e quatro horas.Há evidências de riscos psicológicos significativos como o surgimento de depressões graves, comportamento paranóide ou episódios psicóticos prolonga­dos.Outro efeito adverso dos alucinógenos, conhecido como flash backs, consiste no reaparecimento das alucinações na ausência da droga.Após três ou quatro dias com doses diárias repetidas, desenvolve-se um alto grau de tolerância aos efeitos do LSD sobre o comportamento. Fenómenos de absti­nência não são observados após a retirada brusca da droga.O uso abusivo do LSD e alucinógenos correlates alcançou o máximo de populari­dade nos Estados Unidos na década de 60, sendo principalmente usado no meio uni­versitário. Hoje, seu uso encontra-se controlado por leis federais. As drogas, con­tudo, são fabricadas ilegalmente e disponíveis através de vias ilícitas.

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